Hailey Silverstar
Assim que entrei na mansão, Safira desapareceu, deslizando pelos corredores como se a casa inteira fosse um território a ser explorado sozinha. Provavelmente, estava tão sedenta por espaço quanto eu.
Parei no hall, deixando meus olhos viajarem por cada canto. As paredes altas, as cortinas pesadas, o silêncio quase cerimonioso… tudo contrastava com o caos das ruas. Resolvi prestar atenção no que não havia visto nos dias anteriores: as rotinas, os rostos apáticos dos empregados que surgiam e desapareciam em silêncio, quase como sombras.
Arrastei os pés de propósito, enrolando para subir para o quarto. Hunter havia dito que só voltaria às oito da noite — o que me dava duas horas inteira sozinha.
Era assustador pensar no quanto aquela casa era grande e tinha tantas pessoas escondidas atras daquela porta, mas parecia extremamente solitária. Me lembrava os primeiros orfanatos em que estive, os frios nas paredes, o ar de desesperança.
A ironia era que aquelas pessoas vivia