— O quê? Eu só estou constatando um fato.
— Você é impossível!— E você é adorável quando está constrangida.Revirei os olhos, mas minha pele ainda estava quente.Algumas mesas ao redor estavam vazias, e o pianista já tocava uma melodia mais lenta, como se sinalizasse o fim da noite.Ethan chamou o garçom e pediu a conta, sem sequer me dar a chance de protestar.— Eu poderia ter pago metade — reclamei, cruzando os braços.Ele arqueou a sobrancelha, divertido.— Você poderia, mas não vai.— Você gosta de bancar o cavalheiro?Ele sorriu de canto.— Gosto de bancar o homem que leva você para jantar.Mordi o lábio, tentando esconder um sorriso.Quando saímos do restaurante, a brisa noturna soprou contra minha pele, trazendo um alívio refrescante para o calor que parecia me consumir desde o início da noite. Mas, diferente do que eu esperava, a noite estava úmida e carregada, e o cheiro de terra molhada no ar denunciava o que viria a seg