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Dario trocou de veículo, um de seus homens trazia um modelo simples, frigorífico, de serviços, sem identificação, mas bem equipado, Helena era gentilmente acomodada, tremia, estava febril, mas dormia. Fora pela febre, todo o resto parecia bem. Ela estava aguentando. Horas até chegarem ao esconderijo no deserto, noite alta adentro. Dario mal acreditava na resistência dela. Ele a acomodou e voltou a Piedras Negras. Precisava se tornar irrastreável. Trocou o carro por uma caminhonete comum que mantinham e tudo o que precisavam. Helena acordou no refúgio que já conhecia, um senso de alívio se misturava à culpa por Rafael. "Então, eu gosto de bandido." Ela ironizava, mentalmente. Aquele sentimento, em relação à Rafael era persistente. Algo difícil de encarar. Cambaleante, ela foi para o banho, o corpo, suado, exigia alívio. Ela ligou a água, se sentou no chão e deixou o fluxo frio bater na pele da nuca e nas costas. Dario a havia recuperado. Por bem ou por mal, ele a protegia. Era grata po
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