Rafael entrou pela emergência com Helena nos braços, mal respirava. Os pulmões tomados por algo, foi levada. Rafael aguardava na recepção. Da mulher, sabia apenas o nome e nem era verdadeiro: Maria Dorneles Martins.
Uma médica se apresentava a ele, o quadro era de um veterano de guerra: perfurações por munição eram maioria esmagadora, em geral, grosso calibre. Já não tinha um útero ou ovários, o que indicava que poderia ter sido transportada como prostituta. Tirar aquela parte era uma prática comum, especialmente, se fosse escravizada, mas o que mais chamou a atenção da médica é que, placas e pinos tinham números seriais e aquilo batia com números de outra pessoa morta: Tenente Helena Jones Brown, Imigração Estadunidense, Militar de alta parente. Rafael se surpreendia, aquele anjo que lhe serviu café, algumas vezes, era uma das víboras do General, conhecido por aliciar e corromper militares de alto escalão. A raiva o tomava. Se ela estava ali, estava em missão, concluía. Helena despe