Dario estava nervoso, suava frio. Reencontrar Helena era, de longe, um milagre que os anjos atendiam. Ele jamais amou outra mulher, em anos, desejava guardar seus sentimentos para ela, houvesse o que houvesse.
— Chefe. - Um tipo obtuso, de olhar desconfiado e pele vermelha o chamava.
— Sim, Martinez. - Dario respondeu, sobressaltado. - Tem um migra lá embaixo, diz que tem algo para penhorar.
— Leva no escritório, vou atender ele e sair um pouco. - Dario respondeu.
A loja de penhores era uma fachada eficiente para as operações dele, lavava dinheiro com facilidade e raramente era fiscalizado. Em uma cidade de fronteira, era comum girar muitos pequenos valores, o que era ignorado, na maioria das vezes.
Dario desceu ao escritório, o tipo esquisito, de óculos escuros e aspecto pouco confiável o aguardava, com uma caixa de jóias e um envelope pardo na mão.
— Bem vindo, Roberts. O que quer penhorar desta vez? - Dario o recebeu, educadamente.
— Isto aqui. Pagamos vinte por cento.