Logo que amanheceu, retornei à mansão. Ao passar pela porta, Jake estava escorado na parede do corredor que levava ao hall, de olhos fechados. Parei à sua frente e repousei as mãos em sua cintura.
— Sabe do que sinto falta? — Abriu as pálpebras, olhando-me. — De sair para caminhar no sol.
— Sabe por que não pode sair da casa?
— Acha que ficamos presos ao local onde morremos. Eu já tentei sair, mas sempre apareço aqui dentro outra vez.
— Sinto muito. — Acariciei sua face, enquanto ele fazia o mesmo nos meus braços.
— Como vai a sua investigação?
— O que você tem a me dizer sobre Anne?
— Era a babá da Kate. Foi tutora dela depois que Laila e eu morremos.
— E o que mais?
— Ela era irlandesa, não tinha família aqui, nunca se casou e pulou do terceiro andar em uma noite chuvosa.
— Como era a relação dela com Laila?
— Muito respeitosa.
— Depois que ela morreu, ficou aqui como você?
— Não. Mas por que tantas perguntas sobre Anne?
— A bisavó de alguém disse que ela tinha muita inveja da Laila