Acelerei em direção à colina enquanto o céu se iluminava repetidas vezes com raios e trovões. Quando passei pela ponte, a chuva desabou forte. Era como se o tempo estivesse apenas esperando eu voltar para a mansão. Desci do carro e corri para dentro da casa, abrigando-me sob o casaco.
— Jake! — chamei por ele, mas não obtive resposta.
O mais puro silêncio se perpetuou nos meus ouvidos e ao longe consegui ouvir o som do piano. Andei em direção à biblioteca, e ao passar pela porta, lá estava Jake, sentado diante do piano, tocando-o majestosamente.
— Jake.
Ele parou e olhou para mim. Um sorriso doce abriu-se nos seus lábios. Os meus braços se arrepiaram. Ele levantou-se e caminhou a passos lentos na minha direção, parando à frente.
— Você também vê todas as luzes acesas?
Neguei com a cabeça.
— Há muitos anos não vejo a noite tão clara por aqui.
— Talvez isso seja um sinal de que a sua hora de partir está se aproximando.
— Deus! Você está tão linda!
Os seus olhos eram brilhantes e algo ne