A dois metros de distância, estava um homem. Ele olhava-me de um jeito que parecia surpreso que eu o tivesse ouvido. E eu o encarava de olhos arregalados, com o coração palpitando forte no peito, prestes a saltar pela minha boca.
— Quem é você?
— Jake.
Engoli em seco.
— O que faz aqui, Jake? Isso é uma propriedade privada.
— Eu sei. Eu… trabalho aqui.
— Trabalha aqui? — perguntei cheia de desconfiança.
— Sim. Mantenho curiosos e possíveis infratores longe. — Sorriu.
— Então… você é o zelador?
— Isso aí.
Aproximou-se, reduzindo pela metade a nossa distância.
— Não me avisaram sobre você.
— Sinto muito tê-la assustado — disse ele, curvando-se um pouco para frente, ao mesmo tempo que sobrepôs a sua mão direita sobre o peito, enquanto a outra era colocada para trás das costas. Um comportamento estranhamente cavalheiresco.
— Tudo bem.
— Então está aqui para restaurar esse lugar.
— Isso aí.
Jake é um homem bonito. Talvez um dos mais lindos que eu já tenha visto. Cabelos pretos e pele alva.