Clara, uma talentosa fotógrafa, e Lucas, um escritor em crise, encontram-se por acaso numa pastelaria movimentada de Málaga. O que começa como um encontro casual se transforma numa amizade profunda e, eventualmente, em um romance intenso. Entre exposições de arte e eventos literários, Clara e Lucas descobrem interesses comuns e uma química irresistível, mas também enfrentam os seus próprios demónios e inseguranças. À medida que o relacionamento deles se aprofunda, Clara recebe uma oferta de trabalho irrecusável no exterior, enquanto Lucas luta para reencontrar a sua inspiração como escritor. Decididos a se apoiarem um ao outro, tentam manter a relação à distância, enfrentando mal-entendidos e ciúmes que ameaçam separá-los. No meio desses desafios, Lucas encontra inspiração no próprio relacionamento com Clara e escreve um romance baseado na sua história de amor, sem que ela saiba. O livro torna-se um sucesso, mas quando Clara descobre a verdade, sente-se traída e exposta, criando um novo caos nas suas vidas. Separados pela dor e pela desconfiança, Clara e Lucas precisam decidir se o amor que compartilham é forte o suficiente para superar a traição e as dificuldades. Com honestidade e vulnerabilidade, eles embarcam num processo de cura e reconciliação, reavaliando os seus sentimentos e sonhos. Entre reviravoltas emocionantes e momentos de pura paixão, "Desejo Entrelaçado" é uma história de amor ardente e superação, mostrando que, mesmo quando tudo parece perdido, o verdadeiro amor pode encontrar o seu caminho.
Leer másA chuva fina batia contra as janelas da pequena cafeteria no centro de Málaga, criando uma melodia suave que parecia acalmar os nervos de Clara. Ela estava sentada num canto, observando as gotas deslizarem pelo vidro enquanto aguardava o seu cappuccino. Com a câmara ao lado, ela estava ali para procurar inspiração para sua próxima exposição de fotos. Fez muitos km e pesquisou muito sobre a cidade para sair da caixa e procurar algo de novo.
Clara, uma jovem fotógrafa de 28 anos, tinha olhos castanhos profundos e cabelo longo e ondulado que caía em cascata sobre os seus ombros. Ela usava uma blusa branca simples, complementada por uns jeans escuro. A sua aparência natural e despretensiosa atraía olhares curiosos, mas Clara estava imersa nos seus pensamentos, alheia ao mundo ao seu redor.
Do outro lado da pastelaria, Lucas, um escritor em crise, lutava para se concentrar no seu portátil. Ele estava preso num bloqueio criativo que parecia não ter fim. Aos 32 anos, Lucas era um homem de presença marcante, com cabelos castanhos levemente despenteados e uma barba bem aparada. Os seus olhos verdes revelavam uma intensidade e uma paixão que poucos conheciam. Vestindo uma camisa social azul e calça preta, ele parecia mais um executivo do que um escritor, mas a verdade era que Lucas estava desesperado para encontrar uma nova história, algo que o libertasse do vazio que sentia.
Quando o cappuccino de Clara chegou, ela levantou os olhos e, por um breve momento, seus olhares se cruzaram com os de Lucas. Foi como um choque elétrico, uma conexão instantânea que fez ambos sentirem algo inexplicável. Clara sorriu timidamente, e Lucas, surpreso com a sua própria reação, devolveu o sorriso.
Sem pensar muito, Clara pegou sua câmara e começou a fotografar discretamente o ambiente da pastelaria. Através da lente, ela focou o Lucas, capturando a expressão concentrada e levemente frustrada do seu rosto. Havia algo nele que a intrigava profundamente.
Lucas, percebendo que estava a ser observado, olhou para Clara e levantou uma sobrancelha, curioso. Decidiu que precisava falar com ela. Levantou-se e caminhou até a mesa dela, tinha o coração a b**e de forma descompassada e acelerada.
— Olá — disse ele, com um sorriso que revelava um charme natural. — Notei que estava a ser fotografado… posso ver?
Clara corou ligeiramente, surpresa pela abordagem direta, mas manteve a compostura.
— Desculpe se fui invasiva. Sou fotógrafa e estou à procura de inspiração. Algo em você parecia... interessante.
Lucas riu, um som que fez Clara sentir um calor agradável no peito.
— Interessante, é? Bem, isso é uma novidade para mim. Posso me sentar?
Clara assentiu, e Lucas puxou uma cadeira, sentando-se de frente para ela. A proximidade fez com que ambos sentissem um leve arrepio.
— Então, você é fotógrafa. Eu sou Lucas, por sinal. Escritor, ou pelo menos tento ser.
— Prazer, Lucas. Eu sou Clara. Fotógrafa e, às vezes, uma aspirante a artista.
O sorriso de Lucas se alargou, e ele sentiu uma conexão imediata com Clara. Havia algo na sua presença que o acalmava e o excitava ao mesmo tempo.
— Então, Clara, o que estava tentando capturar em mim?
Clara mordeu o lábio inferior, um gesto que Lucas achou incrivelmente sensual.
— Acho que estava tentando capturar uma história. Você parecia perdido em seus pensamentos. Isso me intrigou.
Lucas inclinou-se um pouco mais perto, seus olhos fixos nos de Clara.
— Talvez eu estivesse esperando encontrar uma história. E talvez essa história esteja bem na minha frente.
Clara sentiu um calor subir por seu corpo com a insinuação de Lucas. Havia algo inegavelmente sedutor em suas palavras, algo que ela não conseguia ignorar.
— Quem sabe? — respondeu Clara, tentando manter o tom casual, mas sentindo seu coração acelerar.
Eles conversaram por horas, esquecendo-se completamente do tempo. Cada palavra trocada, cada olhar, aumentava a tensão entre eles. Era como se estivessem num jogo de sedução, onde cada movimento era cuidadosamente calculado para provocar e encantar o outro.
Clara riu de uma das histórias de Lucas sobre suas tentativas frustradas de encontrar inspiração, e sem perceber, colocou a mão sobre a dele. O toque foi elétrico, e ambos sentiram uma corrente de desejo passar pelos seus corpos.
Lucas, sentindo a intensidade do momento, virou a mão para segurar a de Clara. Seus dedos se entrelaçaram, e eles se olharam profundamente nos olhos. Havia uma promessa não dita ali, uma conexão que ia além das palavras.
— Clara, eu sinto que preciso te conhecer melhor. Há algo em ti que desperta algo dentro de mim, algo que eu pensei ter perdido.
Clara sentiu sua respiração acelerar com as palavras de Lucas. Havia uma sinceridade crua em seus olhos, algo que ela não podia ignorar.
— Eu também sinto isso, Lucas. É como se... como se estivéssemos destinados a nos encontrar.
Lucas sorriu e, lentamente, levou a mão de Clara aos lábios, depositando um beijo suave que fez cada célula do corpo dela vibrar.
— Acho que este é apenas o começo de algo muito especial — disse ele, sua voz rouca de desejo.
Clara sorriu, sentindo uma mistura de excitação e antecipação. Sabia que aquele encontro inesperado mudaria suas vidas para sempre. E mal podia esperar para ver onde aquela nova história os levaria.
Lucas caminhou até ao seu apartamento, a mente já a planear os próximos passos. Precisava de se concentrar nas revisões do livro e garantir que tudo estivesse pronto para o evento em Lisboa. A separação temporária de Clara era difícil, mas sabia que era uma oportunidade para ambos crescerem e se focarem nas suas carreiras.Quando chegou ao apartamento, Lucas pegou no telemóvel e enviou uma mensagem a Clara."Já estou em casa. Vamos falar mais tarde? Boa sorte com as tuas reuniões. Estou ansioso para ver-te de novo. Beijo."Clara respondeu rapidamente, o coração a aquecer com as palavras de Lucas."Claro, vamos falar mais tarde. Boa sorte com as revisões. Mal posso esperar para estarmos juntos novamente. Beijo."Com um sorriso nos lábios, Lucas sentou-se à secretária e abriu o portátil. Era hora de enfrentar a realidade e começar a trabalhar nas revisões do seu livro. Mal teve tempo para abrir o documento, quando o seu telemóvel tocou. Era o seu agente.— Bom dia, Lucas. Estás preparad
Lucas desceu os lábios pelo peito dela, parando para saborear cada momento, cada reação. Os gemidos de Clara encheram o quarto, os dedos dela a entrelaçarem-se nos cabelos dele, puxando-o mais para perto. Quando os lábios de Lucas encontraram os mamilos dela, sugou suavemente, arrancando gemidos profundos de prazer.— Lucas, por favor... — murmurou Clara, o corpo a tremer de desejo.Lucas sorriu contra a pele dela, descendo ainda mais, os beijos a tornarem-se mais urgentes e provocadores. Quando chegou ao ventre dela, parou por um momento, os olhos a encontrarem os dela, cheios de amor e desejo.— Quero-te tanto, Clara — murmurou ele, antes de descer mais, os lábios a encontrarem o centro do prazer dela.Clara arqueou-se contra a cama, o prazer a explodir dentro dela com cada movimento da língua de Lucas. Sentia-se a ser levada para um mundo de pura sensação, cada toque, cada beijo, uma nova onda de prazer que a fazia gemer de satisfação.— Lucas... sim, por favor... — gemeu ela, os d
O sol da manhã invadia suavemente o quarto, iluminando os corpos entrelaçados de Clara e Lucas. A tranquilidade do momento foi interrompida pelo som do telemóvel de Clara a vibrar na mesa de cabeceira.Clara, ainda sonolenta, pegou no telemóvel e atendeu a chamada.— Olá, Clara. Espero não estar a incomodar-te cedo demais, mas tenho uma proposta irrecusável para ti — disse a voz familiar do seu contacto profissional. — Queremos que realizes um projeto de documentação fotográfica imersiva que explora as vidas, tradições e paisagens de comunidades indígenas na América Latina. Será uma grande oportunidade para a tua carreira e um desafio incrível. O que achas?Clara sentiu uma onda de excitação a percorrer-lhe o corpo. Era exatamente o tipo de projeto com que sempre sonhara.— Isso parece fantástico! Preciso de pensar um pouco, mas estou muito interessada — respondeu Clara, tentando conter a euforia.Quando desligou a chamada, Lucas olhava para ela com curiosidade e um sorriso nos lábios
Quando Clara e Lucas chegaram à entrada do apartamento, houve um momento de hesitação. Ambos sabiam o que desejavam, mas a incerteza pairava no ar. Clara, determinada a não perder o momento, olhou nos olhos de Lucas e disse com firmeza:— Não vale a pena fazer de contas. Quero muito que subas e passes a noite comigo.Lucas sorriu, os olhos a brilharem com um desejo ardente.— Eu também quero, Clara. Mais do que qualquer coisa.Sem mais palavras, Lucas inclinou-se e beijou Clara de forma arrebatadora. O beijo era uma mistura de paixão e urgência, um fogo que não podiam mais controlar. Clara, sentindo a intensidade do momento, saltou e enlaçou as pernas à volta da cintura dele, os braços a envolverem o pescoço de Lucas.Subiram as escadas apressadamente, cada passo uma confirmação do desejo que sentiam um pelo outro. Quando finalmente chegaram ao apartamento, Lucas empurrou a porta com o pé e entraram, deixando cair tudo no chão. As roupas começaram a ser espalhadas pelo caminho, cada p
Enquanto isso, Lucas e Clara viviam o dia enamorados. O sol brilhava intensamente no céu azul, refletindo-se nas águas cristalinas do Mediterrâneo. Clara e Lucas caminhavam pela praia de mãos dadas, os pés descalços a afundarem-se na areia quente. O som das ondas a quebrar suavemente na costa criava uma trilha sonora tranquila para o seu passeio.— Este lugar é mágico — disse Clara, olhando para o horizonte onde o céu se encontrava com o mar.— É mesmo — concordou Lucas, apertando suavemente a mão dela. — E fica ainda melhor contigo aqui.Clara sorriu, sentindo-se mais próxima de Lucas a cada momento que passava. Pararam junto à beira da água e Clara puxou Lucas para dentro do mar, as ondas a lambuzarem os tornozelos. Começaram a brincar na água, salpicando um ao outro e rindo como crianças.— Ei! Isso é guerra! — gritou Lucas, rindo enquanto tentava evitar as salpicos de Clara.— Então prepara-te para perder! — respondeu Clara, com um brilho travesso nos olhos.Brincaram na água dura
Rita apertou o telemóvel com tanta força que os seus dedos ficaram brancos. A sua mente fervilhava de raiva e ressentimento. Embora tivesse afastado Lucas da sua vida, mantendo sempre o controlo sobre a situação, nunca tinha aceitado verdadeiramente que ele pudesse seguir em frente com outra pessoa.Levantou-se, com os saltos altos a ecoar pelo chão de mármore, e dirigiu-se até ao bar. Despejou um copo de whisky e bebeu-o num só gole, sentindo o líquido quente a queimar-lhe a garganta, como a raiva que queimava dentro dela. Não conseguia suportar a ideia de Lucas a mover-se para outra mulher, especialmente alguém que parecia tão comum e sem graça como Clara.— Clara... — murmurou, quase cuspindo o nome. — Não sabes com quem te meteste.Rita sempre gostou de controlar todas as situações, e a presença de Clara no mundo de Lucas era uma afronta que ela não podia ignorar. Com um olhar decidido, começou a definir um plano para estragar o casal. Não podia permitir que Lucas se afastasse com
Último capítulo