Capítulo 46 Minha Bunny
Eu estacionei na entrada discreta, escondida entre dois prédios abandonados, e desliguei o motor.

Lá dentro, fiz um aceno breve para a recepcionista — parte segurança, parte fachada para quem chega — e segui direto para o elevador privativo nos fundos.

Passei meu cartão preto de acesso no leitor.

O elevador ganhou vida, descendo suavemente.

No instante em que as portas se abriram, o ar mudou.

Ficou mais denso. Mais quente.

O subsolo estava lotado, mesmo no meio da semana.

As pessoas se apoiavam nas paredes de madeira escura, saboreando drinks que custavam mais do que o aluguel de muita gente.

Alguns usavam máscaras. Outros nem se davam ao trabalho.

Risos ecoavam dos quartos privados — risadas roucas, escuras, sempre interrompidas pelo estalo afiado de pele contra pele.

Havia uma vibração constante de música, mais sentida do que ouvida, feita pra mexer com o sangue sem tirar a atenção do espetáculo de verdade.

Eu atravessei tudo isso sem piscar.

Um homem estava de joelhos numa sala de v
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