Esses sentimentos que Finn tem obviamente não são do tipo casual. Não é aquele tipo de "ela é minha melhor amiga". Não. É mais profundo. Está no jeito como a voz dele falhava quando ele dizia o nome dela. No jeito como as mãos dele não conseguiam ficar paradas. No jeito como o pânico dele ganhava um tom que parecia muito com um coração partido.
E talvez ele ainda não tivesse percebido. Talvez ele estivesse tão fixado em Delilah que não conseguia enxergar o que sempre esteve bem ao lado dele. Mas eu via. Eu via, e isso me irritava pra caramba.
Eu mordi o interior da minha bochecha e senti o gosto de sangue.
Era um hábito que adquiri no combate, dor silenciosa ao invés de reações barulhentas. Isso mantinha os pensamentos firmes. Afiados. Contidos. Mas nada na cena à minha frente parecia contido. Finn estava andando de um lado para o outro. Minha mãe estava posando.
Eu dei um passo à frente antes que pudesse me convencer a não fazer isso, e os dois olharam para mim.
Minha mãe su