O caso não tinha como ser escondido, logo todos ficaram sabendo que Eduardo tinha arrebentado o carro de Yasmin e os dois tinham ido parar na delegacia. Elder não podia, de fato, se casar consigo mesmo. Assim, antes mesmo de começar, a festa foi arruinada.
Elder saiu às pressas. No salão, a música ainda tocava alegremente. Os convidados, já que estavam lá, continuaram dançando e conversando. Na Cidade D, não importava se surgia mais um casal feliz ou uma dupla desfeita.
Entre as luzes cintilantes, Bruno estava de ótimo humor e até convidou Helena para dançar.
Helena, zangada e divertida, reclamou:
— Você ainda tem ânimo para isso! Quem quebrou o carro foi o seu primo, e agora ele está na delegacia.
Bruno sorriu de leve, respondendo:
— Como diz o ditado, tem coisas que, se não fizermos hoje, amanhã vamos nos arrepender.
Helena apoiou a mão em seu ombro e disse em tom macio:
— Pura desculpa! Você e o Eduardo são iguais, autoritários e sem razão.
O homem abaixou a cabeça, os olhos negros