Uma lágrima escorria pelo nariz de Eduardo, mas ele não o enxugou.
— Fala direito, Bruno, fala direito para mim!
Bruno respondeu diretamente:
— Estou doente, não vou viver por muito tempo.
— Eu não acredito! — O peito de Eduardo parecia se rasgar.
Mas, naquele momento, não havia como negar a realidade.
Bruno pegou o pequeno frasco de remédio com uma das mãos, o segurando entre os dedos. Ele ainda mantinha a mesma beleza de sempre, a postura elegante, os gestos refinados. Com voz calma, disse:
— É a sequela do acidente de carro.
Ele falou de forma tão casual, mas para os ouvidos de Eduardo soou como um trovão. Ele fixou o olhar em Bruno, questionando:
— Por que não fez a cirurgia? Você sempre foi tão egoísta, tão audacioso, por que não arriscou? Você não tem dinheiro de sobra? Vá atrás dos melhores médicos do mundo! Bruno, me diz, por acaso você é um covarde?
Bruno soltou um leve suspiro:
— Já conversei sobre isso com Juliana, a resposta continua a mesma... Não posso arriscar!
Ele queri