Capítulo 248
Helena ficou atônita, olhando para fora.

De repente, teve um impulso: queria ver Melissa.

...

O entardecer mergulhava o céu em nuvens roxas e pesadas, como chumbo.

Um carro preto e lustroso entrou lentamente pelos portões do hospital particular. Já havia contato prévio, por isso o responsável a aguardava com antecedência.

O veículo parou, e o homem abriu a porta com delicadeza, cumprimentando:

— Boa noite, Srta. Helena.

Helena vestia um sobretudo preto e leve. Com o cabelo preso e a aparência severa, era como quem ia a um funeral.

Ela fez um leve aceno e seguiu o homem por um corredor sombrio e úmido, onde o vento frio sibilava e se ouviam os chiados dos ratos.

Ele empurrou uma porta de madeira. O batente estalou, a tinta verde se descascava em lascas, revelando seus muitos anos de abandono.

O homem sorriu constrangido:

— Nosso orçamento é curto, sabe. Quando tiver verba, vamos reformar. As trancas para essa mulher aí dentro também vão ser trocadas por maiores e mais firmes.

Helena sor
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