Noite silenciosa, e ainda com aquela pessoa ao seu lado. Era uma melodia impossível de apaziguar, que ecoava no coração.
Por mais que estivesse destroçada, Helena ainda assim se sentou. Mesmo a comida mais amarga, agora ela precisava engolir. Já não era apenas Helena, era a mãe de Gonçalo.
Mas a tristeza era demais, as lágrimas caíam uma a uma sobre a comida.
Harley também estava profundamente abalada e tentou confortá-la em voz suave. Quando levantou os olhos e viu o filho, aquele braço mutilado lhe lembrou da própria insensatez. As marcas de dedos no rosto dele também a faziam sangrar por dentro.
Harley já não conseguiu se conter e chorou em voz baixa:
— Naquele dia eu ia levar vocês para o aeroporto, mas perdi a cabeça... Recebi um telefonema, e pensei... A Melissa cresceu comigo diante dos meus olhos, e não tive coragem de deixar ela sofrendo lá. Quis levar um pouco de dinheiro para melhorar a vida dela, mas quem diria que a Melissa ia me nocautear e me deixar desmaiada lá. Quando