Capítulo 249
Melissa enlouqueceu, começou a gritar e xingar, dizendo palavras bem pesadas, até tentou cuspir em Helena.

Do lado de fora, alguém entrou às pressas com um trapo imundo e o enfiou à força em sua boca. Melissa só pôde arregalar os olhos cinzentos e turvos, cheios de ódio, fixos em Helena, enquanto da garganta escapavam apenas sons abafados e lamurientos.

Helena ajeitou levemente a gola do casaco e, com a mesma suavidade de sempre, ordenou:

— Tirem um pouco de sangue dela, quero saber se tem AIDS.

O homem concordou prontamente:

— Bem lembrado! Com uma vida tão nojenta, é bem possível.

Helena lançou a Melissa o último olhar, dizendo:

— Fique tranquila, eu vou preservar a sua vida. Mas você vai apodrecer aqui dentro, até envelhecer, até morrer.

E, sem dar atenção aos gemidos e impropérios que vinham de trás, Helena se virou e saiu.

Do lado de fora, o céu se tingia de um vermelho ardente, como se o sol poente tivesse incendiado a terra inteira. Helena ficou imóvel diante daquela claridade,
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