— Gisele...
Agatha olhou para ela com profunda compaixão. Pegou um lenço e, com cuidado, enxugou as lágrimas que escorriam pelo rosto de Gisele. As gotas brilhantes em sua face realçavam sua beleza, mas também a faziam parecer uma boneca quebrada. Sua tristeza era tão palpável que fazia quem a olhasse sentir dor junto com ela.
Gisele pegou o lenço, e sua voz carregava uma leve melancolia:
— Minha mãe sempre teve medo do Rui. Eu já tentei convencê-la a enfrentá-lo ou a deixá-lo, mas ela só me olhava e dizia: “Essa é a minha vida. Eu não posso deixar o Rui, nem o Lorenzo.” Eu fico furiosa com ela, mas também a entendo. Minha mãe veio de uma família humilde, e isso fez com que ela desenvolvesse uma personalidade insegura e submissa. Depois, ela conheceu o Rui. Ele vinha de uma família importante, era confiante e carismático, e se apaixonou por ela à primeira vista.
Gisele continuou com voz baixa:
— Durante um tempo, ele a cortejou, e ela acabou cedendo. Minha mãe tinha medo de perdê-lo e,