Na escuridão da noite, os olhos de Jacó brilhavam com uma luz rara. Seu corpo, antes frio como gelo, parecia ter recuperado o calor.
Ele deu play no áudio que Gisele havia enviado e ouviu repetidas vezes. Fazia menos de uma hora desde que eles haviam se separado, mas a saudade que sentia por ela crescia dentro dele como uma teia de aranha, cada vez mais densa e inescapável.
Jacó baixou o olhar para o avatar de Gisele no celular. Seus olhos estreitos estavam tomados por uma ternura infinita, mas também exibiam um brilho sombrio, quase imperceptível, que parecia ser um resquício de algo mais profundo e obsessivo.
— Desta vez, eu não vou deixar você escapar. — Sussurrou ele para si mesmo.
Enquanto isso, Gisele passava os últimos dias em casa, organizando e jogando fora tudo o que estava relacionado a Simão. Ao final, percebeu que seu quarto havia ficado significativamente mais vazio.
Ela aproveitou o tempo para rever materiais antigos que havia usado na escola, incluindo livros e cadernos