Dilan Ricci

Eu sorri torto, tentando segurar o tremor que subia pelas minhas mãos.

— Bella, do que você está falando? Claro que sou o Diogo.

Mas eu sabia que minha voz vacilou. Sabia porque ela me olhou mais fundo, cruzando os braços devagar, a testa ainda franzida.

— Eu não imaginava — ela murmurou — que você fosse mesmo casar irmão, lembra quando prometemos um ao outro nunca casarmos para sempre estarmos unidos?

O chão se abriu sob meus pés. Meu estômago virou. Minha mente disparou.

—Sobre o casamento, tem algo que preciso dizer. — minha voz saiu aguda, quase um riso nervoso. — Eu não quero casar, Bella. Não agora. Eu deveria esperar o Diogo voltar.

As palavras escaparam antes que eu pudesse segurá-las. Eu percebi o erro no mesmo instante em que vi os olhos dela se arregalarem, a boca entreabrir num sussurro quase inaudível:

— Esperar o Diogo voltar?

Ela deu um passo para trás, encostando na porta. Eu reagi por puro instinto, alcançando a maçaneta antes dela, trancando. Não podia