Recomeçar não apaga o passado...
Isabella Duarte Ricci
Meus dias começavam antes do sol nascer e terminavam tarde da noite. Amamentar três bebês exigia uma energia que eu nem sabia que possuía, mas por mais exaustivo que fosse, havia uma doçura silenciosa em cada momento. Bella era a mais calma, dormia mais do que os irmãos, e às vezes parecia me olhar como se compreendesse meu cansaço. Os meninos, por outro lado, eram tempestades em corpos pequenos: exigentes, barulhentos e adoráveis.
Tive sorte. Minha mãe se mudou temporariamente para a mansão, em que eu passei a morar desde que tive os meus gêmeos, ela dividia comigo as madrugadas mais difíceis. Dimitri, apesar de seu jeito desajeitado no início, surpreendeu-me. Ele aprendia rápido. Sabia preparar a mamadeira que a Mônica me ajudava a tirar o leite da bomba para que eu começasse a descansar mais e também por não dar conta de dar mama a três, caso acontecesse de se acordarem ao mesmo tempo.
Dimitri fazia questão de trocar fraldas e passava horas andando de um