Ciúmes...
Bella Ricci
Depois de mais de dez horas de voo e conexões que pareciam nunca acabar, finalmente pisei em solo italiano. O ar ali tinha um cheiro diferente, mais denso, mais carregado, como se cada respiração fosse um lembrete de que eu estava longe de casa e prestes a reencontrar pessoas que não via há meses.
Eu vinha repetindo mentalmente o que diria ao Diogo quando o visse. Ele tinha insistido para me buscar pessoalmente, até fez questão de dizer que "não mandaria ninguém no meu lugar". E, por algum motivo, a ideia dele estar me esperando no saguão tinha se tornado um pequeno conforto durante a viagem.
Mas, quando passei pelas portas de vidro da área de desembarque, não encontrei o rosto dele. No lugar, dois homens vestidos de preto, com óculos escuros mesmo dentro do aeroporto, seguravam uma placa com meu nome.
Um deles, alto e com o queixo marcado por uma cicatriz discreta, deu um passo à frente. Senhorita Bella?
Assenti, ajustando a alça da bolsa no ombro. — Sou eu. Onde está o