ISABELLA
O beijo dele foi a sua resposta, e quebrou a última barreira que existia em mim. Eu me agarrei a ele, sentindo o tremor que percorreu o seu corpo quando o meu "eu te amo" finalmente o atingiu. Ali, no meio da sala semiarrumada, rodeados por caixas e sacolas que representavam o nosso futuro incerto, eu encontrei o meu lar.
Quando nos afastamos, eu estava ofegante, o meu rosto molhado pelas minhas próprias lágrimas felizes. Ele as enxugou com uma ternura que ainda me desarmava.
— Temos um helicóptero para apanhar às nove da manhã — sussurrou ele, a sua voz um veludo rouco. — Temos algumas horas até lá.
O seu olhar desceu para a minha boca, e a promessa nos seus olhos não era de uma batalha, mas de uma celebração. Uma celebração que o meu corpo ansiava com uma intensidade que me assustava.
— O que você tem em mente, Senhor Montenegro? — provoquei, a minha voz a sair mais ofegante do que eu pretendia.
Ele sorriu, um sorriso lento e predatório que me fez estremecer. — Eu tenho em m