ISABELLA
Eu acordei com o sol a bater no meu rosto. Por um instante, o pânico instalou-se – a luz do sol significava que eu estava atrasada para algo, que tinha adormecido no sofá da penthouse de Pedro e que o CEO furioso estaria à minha espera. Mas então, a memória voltou, não como um sonho, mas como uma certeza quente e pesada. O contrato no guardanapo. A confissão dele. A minha.
Abri os olhos. Eu estava na minha cama, na minha nova penthouse. E ao meu lado, a dormir profundamente, estava Pedro. Não o CEO. Não o meu chefe. O meu... noivo. A palavra era tão absurda, tão insana, que uma risada silenciosa escapou dos meus lábios.
Levantei-me com cuidado, vestindo o robe de caxemira que ele me deu, e fui para a sala. A cidade de São Paulo estendia-se aos meus pés, um reino que agora, de alguma forma, também era meu. Olhei para a vasta sala de estar, para os móveis de design que eram lindos, mas frios e impessoais. Aquela não era a minha casa. Era um cenário. E eu decidi, naquele momento