A mensagem da equipe de segurança digital de Isabella pairou no ar da manhã suíça, um veneno digital que infectou a paz que eles haviam conquistado. “O alvo principal da investigação deles, neste momento, é o seu passado: o seu 'hiato de seis anos'.”
Pedro sentiu o corpo de Isabella enrijecer em seus braços. A confiança dele era absoluta.
— Deixe-a procurar — ele rosnou, a voz um trovão baixo. — Ela não vai encontrar nada.
Mas então ele olhou para o rosto dela. E o que ele viu o silenciou. Não era a expressão de uma mulher irritada por ter sua privacidade invadida. Era a expressão de uma mulher apavorada, de alguém cujo segredo mais sombrio e bem guardado estava prestes a ser exumado. A fortaleza de Isabella, a mulher que enfrentara um conselho de homens poderosos sem piscar, tinha uma rachadura. E era uma rachadura profunda.
A mão dele, que a segurava com proteção, agora a segurava com uma nova e urgente intensidade. Ele se afastou um pouco para poder olhá-la nos olhos.
— Isabella. O