O regresso de Genebra foi diferente de todas as outras viagens. A intimidade no jato particular não era a de amantes escondidos, mas a de soberanos a planear a sua conquista. A revelação do segredo de Isabella não criara uma fissura; forjara-os em adamantium. Ele não a via mais como um ativo a proteger, mas como uma igual, uma parceira cuja honra estava agora entrelaçada com a sua.
A primeira coisa que fizeram ao aterrar em São Paulo não foi ir para a penthouse. Foi ir directamente para a Clínica Sol Nascente.
Isabella entrou no quarto da sua mãe, mas desta vez, não foi sozinha. Pedro estava ao seu lado.
— Mãe — disse Isabella, a voz calma e forte. — Há algo que preciso de lhe contar. Sobre o pai. E sobre os últimos seis anos.
E ela contou-lhe tudo. A verdade sobre a dívida, sobre o sacrifício, sobre a vida dupla. Contou-lhe sobre a honra que lutara tanto para proteger. A mãe dela ouviu, as lágrimas a escorrerem silenciosamente pelo seu rosto, não de tristeza, mas de um orgulho avassa