O Fogo de Chão, com seu balé constante de garçons e o cheiro de carne nobre, era um reduto de poder e negócios. Pedro e Isabella foram conduzidos a uma mesa discreta em um canto mais reservado.
Lúcia Vasconcelos já estava lá.
Se as fotos que Isabella vira eram de uma jovem promessa, a mulher à sua frente era uma rainha em seu auge. Lúcia era estonteante, com cabelos negros cortados em um chanel afiado, olhos de um verde surpreendente e um sorriso que era ao mesmo tempo convidativo e predatório. Ela usava um vestido de grife branco, uma escolha deliberada de pureza que contrastava com a reputação de tubarão que a precedia.
Ela se levantou, o sorriso se alargando ao ver Pedro.
— Pê. Você não mudou nada — disse ela, a voz um veludo, usando o apelido íntimo como uma primeira facada. Ela o beijou no rosto, um gesto familiar e proprietário. Então, seus olhos verdes se voltaram para Isabella, tornando-se frios e avaliadores. — E você deve ser a nova assistente. É sempre bom ver rostos j