38. EMÍLIA
Como fui afastada do trabalho, resolvi voltar mais cedo para casa. Encontrei Tarso no corredor, quando ia para o meu quarto. Enxugo as minhas lágrimas, ao vê-lo. Não consegui me segurar e fui até Tarso. Quando o toquei, percebi que ele estava ardendo em febre.

Mesmo Tarso sendo teimoso, ele tomou o remédio que lhe dei e ficou deitado no seu quarto. Rapidamente, fui preparar uma refeição e um chá para fortificar a sua imunidade.

Ainda na cozinha, cuido dos gatos, que ficam ao meu redor. Olho à minha volta, sentindo já saudade dessa casa! Pergunto-me como será a minha vida, longe do meu trabalho, do Tarso, dos gatos.

Enquanto a sopa ainda estava em preparo, levei o chá para o Tarso. Ao entrar no seu quarto, ele está sentado na cama.

— Está se sentindo bem? — pergunto, aflita.

— Estou suando, Emília — Tarso fala, baixo.

— Tome o chá. Ele vai te revigorar, restaurar a sua força — entrego-lhe o chá.

— Odeio chá, Emília — Tarso resmunga.

— É uma pena você não gostar! — falo,
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