Ia dormir fora, mas não podia deixar Emília sozinha aqui. Da janela do meu quarto, observo-a indo à garagem para ver se o meu carro continua aqui. Nesse momento, tomo uma decisão difícil: pedir a anulação do nosso casamento, em troca de me tornar um santo, como a minha mãe sempre sonhou, e também para ter a minha liberdade de viajar.
Não conseguirei mais ficar do lado da Emília sem beijar, tocar, viver somente como meros conhecidos. Não, isso não dá para mim! Fiquei com a bolsa de gelo no meu rosto, alternando entre o estômago, que estava doendo. Não quis incomodar Emília por analgésicos e passei a noite toda me acordando com desconfortos.
Ao amanhecer, a primeira coisa que fiz foi fazer a minha higiene e ir até a casa da minha mãe, logo cedo. Sei que aquele verme vai me denunciar, e preciso lutar para que isso não aconteça.
Como cheguei muito cedo, sou obrigado a esperar a minha mãe na sala, porque não posso subir para acordá-la. Os meus dois irmãos, ao me verem, abraçam-me.
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