O silêncio no escritório era quase opressor. A luz do fim da manhã atravessava as amplas janelas de vidro da cobertura empresarial, refletindo nos móveis escuros e nas molduras de aço que cercavam o espaço. Derick estava sentado em sua imponente cadeira de couro, mas longe de parecer no controle. Os cotovelos apoiados na mesa, os dedos entrelaçados sobre a boca, os olhos fixos em um ponto morto no fundo da sala. A mente dele, no entanto, estava em movimento constante.
Eram dez e trinta da manhã, e ele já havia checado três vezes o mesmo relatório de segurança. Nada fora do padrão. Nada fora do controle.
Exceto seus próprios pensamentos.
Com um gesto brusco, ele pegou o telefone e discou novamente para John, o chefe de segurança da empresa e também o homem de sua total confiança.
A ligação foi atendida em menos de dois toques.
“John, tem alguma novidade?”, perguntou, tentando disfarçar a tensão na voz.
“Tudo tranquilo por aqui, senhor. Já redobramos o número de agentes discretos nas im