51. SÂMIA
Antes do anoitecer, eu já estava quase arrumada. Pela primeira vez, me senti linda em um look. Guardei algumas coisas na mala e o restante pedi ao porteiro para doar para alguém. O Sr. Hemilton mandou mensagem perguntando se eu estava pronta; confirmei que sim. Levei as minhas duas malas para a portaria e fiquei à espera do motorista, ansiosa.
— Sâmia, vai embora para outro país? — o porteiro pergunta.
— Não, vou morar com o meu namorado. — Eu o respondi satisfeita.
— Que bom, Sâmia! Te desejo toda a sorte e felicidade desse mundo.
— Obrigada. — Falei, de olho na rua.
Ainda bem que o porteiro me desejou sorte, porque eu vou precisar. Um carro parou em frente ao prédio e um homem desconhecido perguntou por mim. Puxei as minhas malas, identificando-me, porque era o motorista.
— Senhorita Sâmia, me chamo Aldo. Vim lhe buscar. — O homem se apresentou.
— Sou eu, estou pronta. — Eu disse, e o homem pegou as minhas malas.
— Me acompanhe, senhorita.
O homem pediu e eu o acompanhei até