A noite descia com a serenidade de uma promessa cumprida.
Do lado de fora da mansão Bianchi, a cidade repousava sob o silêncio morno de um céu sem estrelas. As luzes da rua cintilavam como vigias discretas, e a brisa tocava as janelas como um sussurro de tranquilidade. Mas era lá dentro, no coração daquela casa que antes fora fria, silenciosa, quase um mausoléu emocional, que agora se fazia calor, vida, e amor.
O som mais importante não era mais o das máquinas dos negócios de Giovanni, nem o tilintar dos copos em jantares de poder. Era outro. Era o riso abafado de uma criança prestes a dormir. O borbulhar suave da água na banheira. Os passos descalços de um pai que aprendeu tarde, mas a tempo, o valor de voltar para casa com o peito cheio.