A noite se estendia por Manhattan como um véu de vidro e sombras. As luzes dos arranha-céus brilhavam sob o céu nublado, refletindo nas janelas espelhadas da cobertura de Giovanni Bianchi. Ele estacionou o carro, subiu no elevador privativo e, ao entrar em casa, foi recebido por um silêncio que imediatamente chamou sua atenção.
Nenhum som de desenho na TV. Nenhuma risada leve de Sophia. Nenhum passo correndo pelo corredor.
Fechou a porta atrás de si, os olhos atentos.
Tirou o paletó com um gesto lento e o lançou sobre o encosto do sofá. Afrouxou a gravata, os ombros largos relaxando pouco a pouco, como se, só ali, dentro daquele espaço, seu refúgio, seu templo, ele pudesse deixar de ser o homem de aço que t