A sala de reuniões da Bianchi Corporation Group exalava poder. Não pelo tamanho, mas pela imponência silenciosa dos detalhes: a mesa de madeira negra maciça, as cadeiras de couro italiano, os painéis de vidro que ofereciam uma visão panorâmica da cidade como se o mundo inteiro estivesse ao alcance de quem se sentasse ali.
Giovanni estava à cabeceira impecável.
O terno azul-escuro alinhado ao corpo atlético, os cabelos penteados para trás com a mesma precisão de seu raciocínio, o relógio de pulso prateado refletindo a luz discreta do teto. Mas o que realmente intimidava era o olhar. Azul, frio, letal.
— O senhor está me dizendo que os prazos foram alterados sem qualquer tipo de aviso prévio? — a voz de Giovanni cortou o silêncio, baixa, mas cortante como aço polido.
— Não alterados, Giovanni… — começou Sergei Volkhov, o sócio russo, ajeitando-se na cadeira com um sorriso forçado. — Apenas ajustados. De acordo com o fluxo natural da logística. Você entende, claro. As fronteiras não são