Giovanni Bianchi
O hotel em Paris exala luxo e poder, mas para mim, é apenas mais um ambiente a ser dominado. Cada detalhe é absorvido, cada som, cada movimento, como uma máquina treinada para o controle absoluto. O aroma amadeirado do saguão, o tilintar sutil dos copos no bar à direita, o som abafado dos passos sobre o tapete felpudo, tudo registrado, analisado, catalogado.
Controle é a base da minha existência.
A gerente me recebe com um sorriso ensaiado, os olhos calculadamente subservientes enquanto me informa que tudo foi feito conforme eu havia delegado. Ela sabe quem eu sou. Sabe que não tolero erros. Não desperdiço palavras com gentilezas vazias, apenas inclino a cabeça em consentimento e me afasto, sem tempo ou paciência para conversa