Sophia terminava o chá quando o celular vibrou sobre a mesa da lanchonete. Era uma notificação direta.
Giovanni Bianchi.
O nome sozinho já bastava para fazer o sangue correr mais rápido.
Ela hesitou por um segundo antes de desbloquear a tela.
Hoje às 20h.
Evento com empresários da Ásia. Você irá comigo.
Vista algo adequado. Teremos fotógrafos e investidores.
Prepare-se também para o fim de semana. Você dormirá na cobertura.
Nada mais.
Nenhuma saudação. Nenhuma explicação emocional. Nenhum “por favor”.
Era ele. Seco, dominante, imperioso.
E, pela primeira vez, aquilo a fez sorrir, mas não como antes.
Agora, o sorriso de Sophia tinha algo diferente. Algo ardente e calmo ao mesmo tempo. Como uma tempestade que escolheu o próprio momento para cair.
Ela virou o celular para Amélia, que leu a mensagem com as sobrancelhas erguidas.
— Ele te chamou para sair?
— Exatamente como você previu. — disse Sophia, erguendo a xícara. — Parece que a ausência começou a doer.
Amélia sorriu, satisfeita.
—