— Não. — minto, tentando controlar minha respiração ofegante. — Só estou cansada.
Leonardo afrouxa o aperto e se levanta com agilidade, estendendo a mão para mim.
— Então vamos focar sua mente em outra coisa. Se você conseguir me derrubar, realizo um desejo seu. Mas... se for ao contrário, você realiza o meu.
Arqueio uma sobrancelha.
— Isso não é justo. Você sabe que é praticamente impossível eu te derrubar.
— Está com medo de me dever algo? — ele sorri, o canto da boca se curvando com provocação. — Fique tranquila. Prometo pegar leve.
Mentiroso. Leonardo não sabe o que é pegar leve.
Fecho os olhos por um segundo. Respiro fundo. Lembro de cada passo que Mariana me ensinou. Cada movimento, cada giro, cada ponto de desequilíbrio. Não posso desperdiçar isso.
É como dançar balé.
Abro os olhos.
E avanço.
Ele sorri, como se já soubesse cada passo que daria. Seus pés se movem com precisão, ele gira o tronco, esquiva do primeiro soco, segura meu braço e tenta me girar, mas eu escapo deslizand