Ele se afastou, dirigindo-se até a cômoda ao lado da cama. Abriu a última gaveta e retirou um pequeno estojo branco: o kit de primeiros socorros. Sem dizer uma palavra, caminhou até a porta de vidro que dava acesso à varanda, puxando para os lados as longas cortinas brancas. Abriu com firmeza a porta de correr, e o som das ferragens misturou-se ao ruído distante da cidade.
Ouvi o arrastar da cadeira sobre o piso de mármore, do lado de fora. Em seguida, sua voz preencheu o ar — grave, firme, impossível de ignorar.
— Venha aqui.
Minhas mãos se uniram diante do corpo, por instinto. Comecei a cutucar uma das unhas com o polegar, nervosa, enquanto avançava alguns passos em direção à varanda.
Eram passos firmes na aparência… mas, por dentro, vacilavam. Cada um parecia mais hesitante que o anterior.
Respirei fundo.
Na varanda, o cenário contrastava com a tensão que crescia dentro de mim: uma mesinha discreta, um sofá de dois lugares e duas cadeiras — todos brancos, limpos, impecáveis. Escol