Olho para o corte no braço, sentindo o ardor da pele aberta enquanto o sangue escorre quente.
Me pergunto o que passou pela cabeça dessa garota. Por pouco não morreu.
Eu estava focado demais no grupo que se aproximava pela lateral da casa. Minhas mãos estavam firmes na arma, os sentidos atentos mas, negligenciei a movimentação dela. Quando dei por mim, Harumi já havia se afastado.
Depois de vasculhar a área em silêncio, a localizei encolhida aos pés de uma árvore, parecendo pequena demais para aquele cenário de guerra.
Seu corpo tremia levemente, não sei se de medo ou pela adrenalina, mas algo nela me fez apertar os dentes.
E então, o pior aconteceu.
Um dos homens da Yakuza, silencioso como um predador, a avistou. Seus passos firmes e famintos foram em direção a ela. Seu olhar era o de alguém que não hesitaria em matar, ou fazer algo pior.
Harumi, mergulhada em devaneios ou lembranças, nem o notou. Meu dedo segurou o gatilho com hesitação. Ele estava perto demais. Se eu errasse e el