Bruno não veio atrás de mim; ele tinha algo mais importante para fazer.
Gisele ainda o esperava.
Nelson e eu nos despedimos em frente à porta do centro de detenção, e quando me virei, ele me chamou:
— Ana.
Olhei para trás e vi sua mandíbula afiada tensa, com seus belos olhos escondidos sob a aba do boné.
Hesitei por um momento, e um sorriso suave se espalhou pelo meu rosto.
— Desta vez, devo muito a você. Quando essa confusão acabar, vou te convidar para jantar. Só não sei se você, com sua agenda lotada, terá tempo.
— Claro, terei sim. — Seus olhos brilharam, e a voz era suave.
Sorri, compreendendo.
— Ótimo, então tem que vir. Traga seus amigos também, eu pago.
— Não te ajudei por causa desse jantar. — Ele balançou levemente a cabeça, com uma pitada de resignação na voz.
— Claro que sei disso. Caso contrário, não teria sido você a pessoa em quem pensei quando precisei de ajuda. Você me ajudou muito, e eu realmente quero te agradecer.
Nelson pareceu perceber minh