— Sra. Henriques, está com tanta pressa de me encontrar assim? — Ele perguntou com um tom de provocação.
O vapor quente que ficou no ar depois do banho não conseguia aquecer meu corpo. O tecido gelado do seu terno tocou minha pele, me fazendo tremer violentamente de frio.
Levantei os olhos para ele; a mudança brusca de temperatura me fazia estremecer.
— Quem te deixou entrar? Você me prometeu que não apareceria mais na minha casa sem avisar!
Ele não respondeu. Com uma firmeza fria, agarrou meu pulso e me empurrou para dentro. Minhas costas colidiram fortemente contra a parede gelada.
— Bruno, o que está fazendo? — Lutei para me soltar.
Ele inclinou a cabeça levemente, na medida exata. Seus olhos, frios e calculados, me encaravam, enquanto seus lábios se apertavam de maneira contida, mantendo um equilíbrio perigoso entre beleza e ameaça.
Mas eu não tinha ânimo para apreciar isso.
No momento em que nossos olhares se encontraram, ele abaixou a cabeça e me beijou com força. O sabor forte d