Capítulo 58
A água da chuva, misturada com o gosto metálico de ferrugem, invadiu minha boca. Bruno parecia ter perdido o controle, puxando seu pulso da minha mordida com força e, sem qualquer aviso, me levantou no colo e começou a caminhar em direção ao carro.

Não tínhamos dado nem dois passos quando um bastão de beisebol desceu sobre nós!

Bruno, tentando desviar, perdeu o equilíbrio e pisou com força em uma poça, sujando instantaneamente sua calça de alfaiataria com a lama.

Ele, que sempre prestava tanta atenção à sua aparência, agora estava visivelmente irritado.

Ele me colocou no chão, e levantou o olhar, com um sorriso frio nos lábios.

— Sr. Rui, o que está fazendo? A delegacia está bem ali na frente. Quer entrar para uma conversa?

Rui não se intimidou, exibindo um sorriso desdenhoso.

— Não entendi o que o Sr. Bruno está dizendo. Só não segurei bem o bastão. Em dias de chuva, a mão escorrega.

A mão direita de Bruno tremia ligeiramente, talvez de raiva. Vi gotas de sangue caírem da ponta de se
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