Eu fechei os olhos, resignada, e então ouvi um estrondo vindo da direção da varanda, seguido pelo som do vidro se estilhaçando, como se fosse capaz de me ensurdecer.
Bruno apareceu diante de mim, com o olhar escuro e ameaçador. Enquanto ele caminhava, algumas lascas de vidro caíam de seu corpo, e ele, impaciente, sacudiu a roupa antes de finalmente arrancá-la e jogá-la no chão.
— Você...
Só consegui emitir um som, mas antes que pudesse dizer mais, minha visão ficou completamente turva. A única coisa que ainda me restava era a sensação de resistência ao toque dele, enquanto o homem, com uma expressão contida, me questionava:
— Não quer que eu te abrace? Vai esperar eu te levar para o hospital, é?
...
Desgraçado...
Fui carregada nos braços de Bruno até o quarto e colocada suavemente na cama. Ao meu lado, o colchão afundou repentinamente com o peso dele. Ouvi Bruno ligando para o médico, explicando a situação.
A voz dele estava grave enquanto falava ao telefone.
— Sim, ela está com febre