— Ana, você não pode me mandar embora. Eu só senti tanto a sua falta, durante esses três anos, eu pensei em você todos os dias.
Bruno parecia ter lembrado de algo de repente. Ele correu até a beira da cama e pegou o celular que estava sobre o colchão. Seus dedos rapidamente tocavam a tela, deslizando de um lado para o outro.
Então, ele virou o celular, e uma foto que eu conhecia como a palma da minha mão apareceu diante dos meus olhos.
A luz do celular estava tão intensa que meus olhos começaram a ficar embaçados. A memória e a realidade se chocaram dentro da minha cabeça, e a dor me tomou de tal forma que fiquei paralisada, sem sentir mais nada.
— Ana, eu não estou mentindo, eu sonho com você. Sempre que olho para essa foto, sinto algo. Eu sempre me lembro de como você estava vestida naquela vez, eu...
— Bruno. — Eu o interrompi suavemente. — Você não disse que tinha apagado essa foto? Como é que ela ainda está aqui?
Eu o encarava fixamente, querendo ouvir alguma explicaçã