Eu, desconcertada, levantei o braço e o aproximei do rosto para cheirar minhas próprias roupas, lançando um olhar furtivo para Rui.
— O que foi? Estou com algum cheiro estranho?
Rui se inclinou ainda mais para me cheirar, aproximando-se tanto que eu não consegui recuar mais. Meu corpo quase tocou a janela, e a proximidade me fez sentir um misto de vergonha e irritação.
— Rui Sampaio! Não chega tão perto assim de mim!
Rui endireitou o corpo, colocou as mãos na cintura e me encarou com uma expressão carregada de seriedade.
— Cheiro de cigarro, de bebida... E de um homem.
Fiquei paralisada por um momento, surpresa por ele realmente ter notado. Tentei disfarçar, respondendo com uma voz evasiva:
— Deve ser o motorista... Hoje saí de táxi. Achei que, por ter acabado de voltar, poderia estar desatualizada sobre o trânsito, então decidi não dirigir. Não é de se admirar que a Dayane estivesse tentando sair do meu colo o tempo todo. Quando você for embora, vou tomar banho.
As pal