À meia-noite, Bruno ainda não havia voltado para o quarto.
Isso já era normal, mas hoje eu tinha algo a discutir com ele: eu queria viajar para o exterior, e não poderia esconder isso dele.
A mansão estava envolta em escuridão, com o escritório também sem luz. Presumi que ele estivesse no quarto do andar de baixo, mas, após procurá-lo por toda parte, não encontrei seu semblante.
Voltei-me para o escritório, onde a porta estava entreaberta.
— Bruno?
Ninguém respondeu.
À luz da lua que entrava pela janela, vi que a escada ao lado da estante estava derrubada, e alguns livros tinham caído do alto da prateleira. O ambiente parecia ao mesmo tempo arrumado e caótico.
Bruno estava inclinado sobre a mesa, dormindo levemente, com os longos cílios tremulando, como se seu sono não fosse tranquilo.
Aproximando-me, toquei-o suavemente.
— Bruno, volte a dormir.
Ele abriu os olhos lentamente, focando o olhar em meu rosto, parecendo confuso.
Com a voz rouca, ele me perguntou:
— O que você e