Eu e Severino encontramos um restaurante por perto, e só depois que todos os pratos foram servidos, ele finalmente falou:
— Vamos comer primeiro, conversamos depois.
Baixei os olhos para os talheres organizados sobre a mesa, mas continuei imóvel.
— O que quer dizer? Só depois de ouvir é que vou saber se consigo comer.
O movimento de Severino, que estava prestes a pegar um prato, parou. Ele sorriu suavemente.
— Ana, você cresceu. Por que sinto que estamos tão distantes agora?
Curvei levemente os lábios.
— Não estou distante, Sr. Severino.
Ele me olhou com um olhar profundo.
— Ouvi dizer que meu irmão andou muito próximo de você ultimamente. Sempre achei que fossem vocês dois que estavam distantes. Pelo que me lembro, você e Bruno se casaram.
Acenei com a cabeça.
— Você tem uma relação tão boa com ele, então deve saber que eu e ele já nos divorciamos.
Severino soltou uma risada constrangida.
— Quando isso aconteceu? Pelo que me lembro, no Ano Novo você e Bruno ainda...
Girei suavemente o