Bruno ficou em silêncio.
Ele se endireitou no assento, abotoando lentamente a camisa, peça por peça, vestindo de volta as roupas que havia tirado.
Parecendo saborear o meu olhar, seus movimentos eram extremamente lentos, como se fizesse de propósito, cada gesto, até o movimento dos dedos, exalava uma sedução calculada.
Eu não conseguia mais suportar, minha preocupação com Rui só aumentava, então o pressionei ansiosa:
— Bruno, diga logo o que está acontecendo!
Bruno sorriu, aquele sorriso perverso e desanimador, e, após ajeitar as roupas, fechou os olhos como se fosse descansar:
— Quando eu fiquei doente, você nunca me preocupou assim.
Olhei para o rosto de Bruno, marcado pelo cansaço, e de repente me senti igualmente exausta.
No passado, quando eu gostava dele, era difícil não fantasiar.
Imaginar a vida de uma esposa carinhosa cuidando de um marido doente, o que não deixava de ser um reflexo de uma vida de casal apaixonado.
Eu tinha até ouvido dizer que quando um homem