Parei de lutar, mas Bruno, como se temesse que eu fosse discordar, falou novamente:
— Eu não sei onde você costuma guardar essas coisas.
Logo após nos casarmos, Bruno começou a se distanciar de mim. Quando eu estava sozinha em casa, costumava pegar nossos documentos e olhá-los.
Sentir aquele papel nas mãos me dava a sensação real de que realmente havia me casado com ele.
Eu tratava nossa certidão de casamento como um tesouro, chegando até a comprar uma caixa luxuosa, pagando um valor alto por ela, para guardá-la.
A caixa tinha diamantes incrustados, simplesmente porque os diamantes simbolizavam o amor eterno.
Mas o destino era imprevisível.
Forçando um sorriso, eu disse:
— Está guardada no nosso quarto...
Ele me interrompeu, empurrando-me para dentro do carro.
— Não precisa me dizer, você mesma procure.
Esse era o jeito dele: nunca seguir as ordens de ninguém.
Era algo frio, indiferente, sem a menor intenção de ouvir ou lembrar o que eu dizia.
Abri a boca para falar algo, mas toda a