O som de alguém digitando a senha parou de repente, e uma voz carregada de raiva chegou até mim:
— Abra a porta.
Meus dedos, que estavam pressionados contra o chão, ficaram tensos. No momento em que relaxei, também senti um pouco de ódio e recusei:
— Bruno, vá embora.
— Ana, sou eu! A Sra. Sofia está muito preocupada com você e pediu para eu e meu irmão virmos te ver. — A voz alegre de Gisele veio do lado de fora da porta.
Eu estava deitada no chão, batendo levemente a cabeça contra o piso. Minha cabeça doía. Bruno sabia exatamente como me sentiria e ainda assim trouxe Gisele. Era para me provocar?
Bruno bateu na porta mais uma vez, seguro de que eu o deixaria entrar.
— Ana, vamos conversar.
Enquanto eu dormia, ele provavelmente já havia tentado várias senhas. Seria que era tão difícil de adivinhar? Eu pensei que, se ele tivesse dedicado um pouco de atenção a mim, não teria dificuldade em acertar.
Do lado de fora, ouvi Bruno ligando para seu secretário, pedindo para alguém vir abrir a