Entrei na cela. Thane permaneceu do lado de fora, mas a porta foi deixada aberta.
O ambiente estava escuro, e a única fonte de luz vinha da entrada. Meus olhos levaram alguns segundos para se ajustar à penumbra, até que consegui enxergá-lo. Ryker estava ali... Ou melhor, o que restava dele. Um amontoado de sangue e feridas. A única prova de que ainda respirava era o sutil movimento de seu peito subindo e descendo.
— Riley?
Não entendi como ele soube que era eu. Com os olhos tão inchados e quase completamente fechados, não poderia me ver.
Por um instante, um resquício de medo ameaçou surgir, o mesmo medo que costumava me paralisar quando lembrava do que ele tinha feito comigo. Mas me obriguei a sufocá-lo. Aqui, ele não podia me machucar. Nunca mais.
Caminhei até ele, devagar, até o cano gelado da arma tocar sua testa. Para minha surpresa, ele se inclinou para frente, como se aceitasse seu destino. As correntes presas em seus braços e pernas tilintaram com o movimento.
— Eu sei o que te